O EX-PRESIDIÁRIO “BARBA” ERA X9: Romeu Tuma Júnior afirma em livro que Lula foi informante do Dops durante a ditadura militar.
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Em seu livro “Assassinato de Reputações: Um Crime de Estado”, publicado em 2013, o ex-Secretário Nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior fez uma revelação polêmica: segundo ele, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria atuado como informante do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) durante a ditadura militar, utilizando o codinome “Barba”.
Tuma Júnior, filho do ex-delegado do Dops Romeu Tuma, afirma que Lula colaborava com seu pai, fornecendo informações enquanto atuava como líder sindical. Segundo o autor, o relacionamento próximo entre Lula e seu pai teria começado quando o sindicalista foi preso durante as greves do ABC Paulista no final dos anos 1970.
No livro, Tuma Júnior narra situações que, em sua visão, evidenciam a colaboração. Ele relata, por exemplo, ter visto Lula dormindo no sofá do escritório de Romeu Tuma e andando em viaturas policiais enquanto fumava cigarros — algo que, segundo ele, seria impensável para um preso comum naqueles tempos, a não ser que estivesse cooperando com as autoridades.
A obra causou grande repercussão na época de seu lançamento. Em entrevistas, Tuma Júnior afirmou que seu relato se baseia em experiências e testemunhos pessoais, e não em um inquérito formal. “Escrevi um livro, não fiz um inquérito”, declarou ele ao ser questionado sobre a ausência de provas documentais.
As alegações de Tuma Júnior geraram controvérsias e intensificaram a polarização política no Brasil. No entanto, não resultaram em ações judiciais significativas contra ele nem em confirmações oficiais. Lula e seus aliados sempre negaram qualquer tipo de colaboração com o regime militar.
A polêmica ainda ecoa em debates públicos sobre a história política do país, e o livro segue sendo uma peça controversa nesse cenário.
Para mais detalhes, você pode assistir à entrevista de Romeu Tuma Júnior ao programa Roda Viva em 2014.
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