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O NOVO ROSTO DA ESQUERDA: RICO, LOIRO E DO PSB — João Campos assume o partido e desponta como uma das grandes apostas para o pós-Lula

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BRASÍLIA – Aos 31 anos, João Campos assumiu nesta terça-feira (3) a presidência nacional do PSB, durante o congresso do partido realizado em Brasília. A ascensão do jovem político, bisneto de Miguel Arraes e filho do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, consolida seu nome como uma das principais apostas da esquerda brasileira para o período pós-Lula.

Reeleito prefeito do Recife em 2024 com expressivos 72% dos votos, João Campos agora enfrenta o desafio de fortalecer o PSB nacionalmente e pavimentar o caminho para manter o protagonismo da sigla no cenário político. Entre suas primeiras missões está garantir a permanência de Geraldo Alckmin (PSB) como vice-presidente na chapa de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2026.

Nos bastidores do governo e da esquerda, cresce o reconhecimento sobre o papel estratégico de João. Jovem, com trajetória marcada por uma gestão bem avaliada na capital pernambucana, ele alia tradição política familiar a um discurso moderado e pragmático, capaz de dialogar com diferentes setores.

A memória do pai, Eduardo Campos, segue como uma referência importante. Em 2014, Eduardo morreu em um trágico acidente aéreo durante a campanha presidencial, quando aparecia em terceiro lugar nas pesquisas, atrás de Aécio Neves (PSDB) e da então presidente Dilma Rousseff (PT). Ele era, à época, o principal nome do PSB e fazia chapa com Marina Silva, atual ministra do Meio Ambiente.

Agora, João busca consolidar o legado familiar e ampliar a influência do PSB, partido que integra a base de apoio ao governo Lula, mas que também pretende se fortalecer autonomamente na disputa pelos espaços políticos.

O futuro de Geraldo Alckmin como vice na chapa de Lula, porém, é incerto. Embora seja o desejo do PSB e do próprio João Campos manter o ex-governador paulista ao lado de Lula, setores do PT e da base aliada defendem abrir a vaga para partidos com maior peso no Congresso, como MDB ou PSD, numa tentativa de ampliar a coligação.

Além disso, interlocutores próximos a Alckmin não descartam a possibilidade de ele disputar o governo de São Paulo em 2026, ou até mesmo uma cadeira no Senado, numa estratégia para conter o avanço do bolsonarismo no Estado.

Em meio a essas articulações, João Campos emerge como símbolo de renovação e continuidade de um projeto político que mira não apenas 2026, mas também a sucessão de Lula e o futuro da esquerda brasileira.

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