Política

PLANO PARA 2026— Centrão flerta com Tarcísio, pressiona Motta para deixar o governo de lula “sangrar” até 2026

🅱️LOG SEM 🅰️RRUDEI🅾️

Mesmo ocupando ministérios e cargos estratégicos no Planalto, partidos de centro-direita articulam ofensiva orçamentária e eleitoral contra Lula, com foco na construção de uma candidatura única para 2026.

Brasília – A poucos meses do início efetivo do calendário eleitoral, uma movimentação silenciosa, porém articulada, está em curso nos bastidores da política nacional. Partidos do Centrão — entre eles PP, Republicanos, União Brasil, PSD e Podemos — que atualmente ocupam ministérios e espaços relevantes no governo federal, vêm trabalhando em uma estratégia de desgaste progressivo do governo Lula (PT) até as eleições de 2026.

No centro dessa articulação está a pressão sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para romper acordos com o PT e assumir de vez o controle da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. A meta: garantir o domínio sobre as emendas parlamentares, fundamentais para abastecer bases eleitorais e, ao mesmo tempo, esvaziar a capacidade de ação do Palácio do Planalto em ano eleitoral.

> “É hora de o Congresso definir as regras do jogo e não apenas cumprir o que vem do Executivo”, teria dito um interlocutor próximo ao presidente da Câmara, em conversa reservada.

Segundoapurou a reportagem, líderes partidários também buscam barrar qualquer tentativa do governo de travar o pagamento de emendas de relator, pressionando por um cronograma de liberação acelerado para o próximo ano. O recado ao Planalto é claro: ou cede mais espaço, ou sofrerá um processo gradual de sangramento político.

O flerte com Tarcísio

Ao mesmo tempo, o Centrão vem estreitando laços com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em evento recente na capital paulista, promovido por lideranças empresariais, Tarcísio apareceu ao lado de nomes de peso da centro-direita, como Gilberto Kassab (PSD), Ciro Nogueira (PP), Luciano Bivar (União Brasil), Renata Abreu (Podemos) e Valdemar Costa Neto (PL). Todos defenderam a formação de uma frente ampla para enfrentar Lula em 2026.

Apesar de afirmar que deseja concluir seu mandato no governo paulista, Tarcísio deixou aberta a possibilidade de entrar no páreo presidencial caso se consolide como nome de consenso. “Centro e direita estarão unidos em 2026”, disse, em tom de antecipação eleitoral.




Estratégia de “desgaste sem rompimento”

A articulação passa longe de um rompimento formal com o governo. Pelo contrário: a ideia é manter os ministérios e cargos ocupados, garantindo influência e acesso a verbas, ao mesmo tempo em que o Planalto vai sendo enfraquecido paulatinamente por meio do orçamento, da pressão legislativa e da construção de uma narrativa de ineficiência e paralisia.

> “Não se trata de sair do governo, mas de deixá-lo sangrar até as urnas”, confidenciou um dirigente de partido aliado, sob condição de anonimato.

Racha no equilíbrio institucional

A movimentação do Centrão já acende alertas no núcleo petista. O Planalto avalia que o controle da LDO por um nome mais hostil pode inviabilizar projetos prioritários e gerar instabilidade orçamentária. A demora na prometida reforma ministerial, que não saiu do papel, também tem alimentado o apetite de aliados por mais espaço e autonomia.

Analistas avaliam que Lula terá dificuldades para equilibrar interesses contraditórios dentro de sua própria base. “O Centrão quer governar sem governar. O objetivo é sugar o que puder e lançar um nome competitivo em 2026, deixando Lula com as responsabilidades e o ônus político”, resume o cientista político João Falcão, da Universidade de Brasília (UnB).


Conclusão

A poucos meses do último biênio do mandato de Lula, o xadrez político em Brasília se redesenha com movimentos frios, mas calculados. A centro-direita aposta no desgaste silencioso do governo para chegar fortalecida a 2026. Com Tarcísio despontando como figura agregadora e Hugo Motta no epicentro das decisões orçamentárias, o Centrão quer garantir o controle do jogo — mesmo sem precisar abandonar o tabuleiro do poder.

Fonte – Money

Blog Sem ARRUDEIO

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo