Política

TARIFAÇO ESTRATÉGICO: Rússia Indica Que Expansão dos BRICS Pode Ocorrer Via Países Parceiros.

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Em meio à crescente tensão global causada por guerras comerciais e tarifas punitivas — como o recente “tarifaço” dos Estados Unidos contra países emergentes — a Rússia voltou a sinalizar que a expansão do BRICS poderá acontecer por vias alternativas: através dos chamados países parceiros do bloco.

A declaração partiu do vice-ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Riabkov, que afirmou que o processo de ampliação deve ser conduzido de forma gradual e estratégica, com base no fortalecimento dos países que já mantêm relações formais com o grupo.

“Qualquer novo passo será decidido durante a cúpula de Kazan, mas é certo que a expansão não será aberta de forma indiscriminada. O foco agora está nos parceiros já integrados à estrutura do BRICS”, declarou Riabkov, segundo repercutiu a Folha de S.Paulo.

A afirmação joga luz sobre os planos de Moscou para consolidar o bloco como uma frente econômica e política alternativa ao eixo Ocidental, especialmente diante das medidas unilaterais adotadas por Washington, como o aumento de tarifas sobre importações de países como Brasil e China.

Estratégia de contenção ao Ocidente

Para analistas, a fala do vice-ministro indica uma mudança de tática da Rússia: em vez de correr para adicionar novos membros, Moscou quer apostar em uma “camada intermediária” de aliados confiáveis, prontos para reforçar a influência do BRICS em áreas estratégicas — sem comprometer a estabilidade interna do grupo.

A declaração vem na esteira da inclusão de novos membros em 2024, como Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos, que já alteraram significativamente a dinâmica interna do bloco.

Tarifaço como catalisador geopolítico

A nova rodada de tarifas anunciadas pelo ex-presidente Donald Trump, caso retorne ao poder, e as atuais barreiras comerciais em vigor já servem como estopim para debates dentro do BRICS. Em resposta, líderes do bloco têm buscado formas de ampliar o uso de moedas locais, diversificar cadeias produtivas e atrair aliados descontentes com a hegemonia do dólar.

Com a cúpula marcada para ocorrer na cidade russa de Kazan, o BRICS deve enfrentar sua mais delicada encruzilhada: crescer de forma coordenada ou estagnar diante de pressões externas. Segundo Riabkov, a preferência russa está clara — expansão, sim, mas com critério e alinhamento político.

Fonte Folha de S.Paulo

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