Política

MADURO MOBILIZAÇÃO 4,5 MILHÕES DE MILICIANOS CONTRA AMEAÇAS DOS EUA

🅱️LOG SEM 🅰️RRUDEI🅾️

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (19) a mobilização de 4,5 milhões de integrantes da Milícia Nacional Bolivariana diante do que classificou como “ameaças de agressão” por parte dos Estados Unidos. A medida ocorre em meio a uma nova escalada de tensões entre Caracas e Washington.

Em pronunciamento transmitido pela TV estatal, Maduro afirmou que o país ativará um “plano especial de segurança” para garantir a defesa de todo o território nacional. Segundo ele, camponeses, operários e trabalhadores urbanos receberão armas e treinamento militar, com o objetivo de reforçar a soberania e “proteger a paz” da Venezuela.

“A Venezuela está preparada, ativada e armada para garantir a soberania, a integridade territorial, a unidade nacional e a paz”, declarou o presidente.

Pressão norte-americana

A mobilização ocorre após os Estados Unidos aumentarem a recompensa pela captura de Maduro de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões, acusando-o de chefiar o chamado Cartel de los Soles, uma organização de narcotráfico que, segundo Washington, opera dentro das Forças Armadas venezuelanas.

Além disso, o governo norte-americano enviou três destróieres da classe Aegis para o Caribe, numa clara demonstração de força militar. A Casa Branca afirmou que a movimentação faz parte de uma estratégia de combate ao narcotráfico, mas Maduro denunciou a ação como uma tentativa de intimidação e um risco de invasão.

Milícia Bolivariana

Criada em 2009 pelo ex-presidente Hugo Chávez, a Milícia Nacional Bolivariana funciona como um braço civil das Forças Armadas e está fortemente vinculada ao chavismo. Seus membros, em grande parte civis, atuam como força auxiliar do Exército e da Guarda Nacional, recebendo treinamento básico e armamento fornecido pelo governo.

Especialistas em segurança avaliam que, embora o número anunciado por Maduro impressione, a capacidade real de combate dessas forças é questionável. Ainda assim, a mobilização em massa reforça o discurso nacionalista do governo venezuelano em momentos de pressão internacional.

Risco de escalada

A medida ampliou as preocupações de observadores internacionais sobre uma possível escalada militar na região. Analistas apontam que o envio de navios de guerra norte-americanos para o Caribe, aliado à retórica inflamada de Maduro, aumenta o risco de choques diretos e torna ainda mais instável a já delicada situação política e econômica da Venezuela.

Enquanto isso, aliados do chavismo em Caracas celebraram o anúncio como demonstração de força, ao passo que opositores internos acusaram Maduro de usar a mobilização como instrumento político para manter o controle social em meio à crise.

Blog Sem ARRUDEIO

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo