É COMO FICA NA PARAIBA? União Brasil e PP Desembarcam do Governo Lula e Abraçam Anistia a Bolsonaro

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A federação União Progressista, formada por União Brasil e Progressistas (PP), decidiu romper oficialmente com o governo Lula e alinhar-se à pauta da anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A determinação prevê que todos os filiados dos dois partidos deixem seus cargos no Executivo federal em até 30 dias — um recado claro de distanciamento político em um momento delicado para o Palácio do Planalto.
Ministros na linha de saída
Entre os nomes atingidos estão os ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo), ambos deputados federais licenciados. Apesar da ordem de desembarque, figuras ligadas ao senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) devem ser preservadas, como Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico de Siqueira Filho (Comunicações). No PP, a indicação de Arthur Lira ao comando da Caixa Econômica Federal, hoje ocupada por Carlos Vieira, também não será alterada.
Na prática, o movimento demonstra que a federação quer sair do “fogo cruzado” da cobrança de lealdade ao governo, sem abrir mão de manter espaços estratégicos na Esplanada.
Apoio à anistia
O ponto mais polêmico da decisão foi a adesão explícita à proposta de anistia a Jair Bolsonaro e aos investigados por participação ou apoio ao 8 de janeiro. A federação defende que a medida seja aprovada ainda este ano no Congresso, mesmo que Bolsonaro continue inelegível.
Para líderes dos dois partidos, o gesto é uma forma de pacificação e de reaproximação com a base bolsonarista, importante para a sobrevivência eleitoral em 2026.
Contexto político
O desembarque ocorre logo após Lula endurecer o tom em reunião com ministros do centrão. O presidente cobrou fidelidade e afirmou que quem não se sentisse confortável em defender publicamente o governo deveria se afastar. A fala funcionou como gatilho para a decisão do União Brasil e do PP, que já vinham sofrendo pressão das bancadas parlamentares para cortar laços com o Planalto.
E agora?
Com a saída dos partidos, Lula perde dois ministérios e parte relevante da sustentação formal na Câmara, aumentando a dependência de negociações pontuais com PSD, MDB e partidos menores. Já União Brasil e PP tentam consolidar uma imagem de independência, mas sem abrir mão da influência administrativa conquistada no governo.
O movimento abre um novo capítulo na relação entre Executivo e Legislativo: de um lado, o Planalto mais isolado; de outro, o centrão reposicionado, mirando as urnas e o futuro político de Bolsonaro.
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