Política

ALIADO DO CABO GILBERTO NA PARAÍBA: Hugo Motta Revoga Prerrogativa de Blocos Parlamentares e Dificulta Manobras para Pautar Anistia

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Brasília — Em meio à crescente pressão política para a votação do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), tomou uma decisão que pode redefinir a dinâmica do processo legislativo na Casa. Ele revogou um ato que concedia prerrogativas especiais aos líderes de partidos integrantes de blocos parlamentares, medida que, na prática, dificultava a obstrução das votações e dava mais poder a grandes alianças partidárias.

A revogação atinge diretamente o chamado “blocão”, uma coalizão composta por partidos como PL, PP, União Brasil, Republicanos, entre outros, formada com o objetivo de pressionar a presidência da Casa por pautas específicas — entre elas, a proposta de anistia.

O Partido Liberal (PL), principal interessado na votação do projeto, vinha adotando estratégias de obstrução como forma de pressionar pela inclusão da proposta na pauta. Com a medida de Motta, essas manobras perdem força.

“A definição da pauta é uma atribuição do presidente da Câmara, mas, em respeito à democracia, continuará sendo feita com diálogo e consenso entre os líderes”, afirmou Motta. Segundo ele, o Colégio de Líderes decidiu que ainda não é o momento adequado para avançar com a proposta de anistia, considerando a necessidade de mais tempo para debate e amadurecimento da matéria.

A decisão também é vista como um recado claro sobre os limites do uso político dos blocos parlamentares. Criados com o propósito de dar voz proporcional aos partidos na composição de comissões e na condução dos trabalhos legislativos, os blocos vinham sendo utilizados como instrumento de barganha política.

Com a mudança, o presidente busca fortalecer a institucionalidade da Casa e evitar que pressões de grupos específicos se sobreponham ao processo deliberativo coletivo. “Ninguém decide sozinho”, destacou Motta, ao reafirmar o papel do Colégio de Líderes na condução das decisões mais sensíveis do Legislativo.

A revogação foi recebida com críticas por alguns líderes partidários, mas também foi interpretada por setores do governo e de partidos independentes como uma sinalização positiva em defesa da estabilidade institucional e do respeito às regras democráticas.

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