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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, não comprou a tese da defesa do general da reserva Walter Braga Netto e mandou recado direto ao Supremo Tribunal Federal (STF): não há motivo para soltura. O parecer, enviado nesta segunda-feira (1º), reforça que o ex-vice de Jair Bolsonaro em 2022 deve continuar atrás das grades.
Preso desde dezembro do ano passado, Braga Netto é acusado de tentar obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado que buscou barrar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Pesa contra ele o fato de ser apontado como um dos pilares do núcleo golpista, cujo julgamento começa nesta terça-feira (2) no STF.
Alexandre de Moraes já havia mantido a prisão preventiva em julho, alegando indícios robustos de participação do general na conspiração. Inconformada, a defesa apelou. Só que agora, com o parecer de Gonet, a chance de reversão fica ainda menor.
Nas palavras do chefe do Ministério Público, “não surgiram fatos novos que justifiquem a revogação ou a readequação da medida”. Traduzindo: nada mudou, a cela continua trancada.
A Polícia Federal ainda reforçou o cerco ao identificar que Braga Netto tentou acessar dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, para blindar aliados. A defesa, como de costume, nega qualquer obstrução.
Se depender do clima no STF, o general vai precisar de paciência. O jogo virou: quem articulava para prender adversários, agora luta para sair do xadrez.
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