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Moscou/Kiev – 6 de setembro de 2025
A guerra na Ucrânia ganhou novos contornos de tensão após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarar que qualquer presença de tropas ocidentais em solo ucraniano será considerada “um alvo legítimo”. A fala ecoou como uma resposta direta ao anúncio feito pelo presidente francês, Emmanuel Macron, de que 26 países estão dispostos a formar uma força internacional para garantir a paz no leste europeu.
Segundo Putin, a intervenção da coalizão liderada por Paris comprovaria que a guerra russa é uma reação à tentativa da OTAN de se expandir até Kiev. “Estamos defendendo nossas fronteiras e a segurança da Rússia. Se militares estrangeiros entrarem na Ucrânia, eles se tornam parte do conflito, e nós responderemos”, disse o líder russo em tom desafiador.
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Coalizão internacional busca dissuasão
A iniciativa de Macron prevê o envio de militares e especialistas de diversos países, ainda sem número definido, para atuar como uma força de “reassurance” — ou seja, de segurança e estabilização, mas não na linha de frente. O plano, no entanto, só ganharia corpo após um eventual cessar-fogo.
Apesar da boa recepção de Kiev, países como Alemanha e Itália preferem adotar um papel limitado, oferecendo logística e treinamento em vez de soldados no terreno.
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Convite a Zelensky, mas com condições
Em paralelo, Putin disse estar disposto a receber o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Moscou para negociar. O próprio, contudo, admitiu que “é quase impossível chegar a um acordo” diante da atual conjuntura.
Zelensky respondeu que não descarta o diálogo, mas ressaltou a falta de confiança nas intenções do Kremlin. “Conversar só tem sentido se houver seriedade e compromisso real com a paz. Não podemos aceitar convites que soam mais como propaganda do que como diplomacia”, afirmou.
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Escalada de riscos
Com a ameaça russa, o clima diplomático entre Moscou e o Ocidente volta a se agravar. O anúncio de Macron, visto como um gesto de união europeia e atlântica em defesa da soberania ucraniana, acabou provocando uma retaliação verbal imediata de Putin, aumentando os temores de uma possível confrontação direta entre forças russas e ocidentais.
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Resumo do cenário
Rússia: Putin diz que tropas estrangeiras serão “alvos legítimos”.
Ocidente: 26 países apoiam plano de segurança internacional para a Ucrânia.
Ucrânia: Zelensky mantém portas abertas ao diálogo, mas desconfia da sinceridade russa.
A guerra, prestes a completar quatro anos, segue sem perspectiva clara de encerramento. Enquanto os aliados discutem garantias de paz futura, Moscou endurece o discurso, e Kiev tenta equilibrar abertura diplomática com cautela estratégica.
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