Política
ESTUDO ALERTA: THC EM ÓVULOS PODE COMPROMETER QUALIDADE GENÉTICA DE EMBRIÕES EM FERTILIZAÇÃO IN VITRO

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As implicações preocupam: entre as pacientes expostas ao THC, apenas 60% dos embriões apresentaram número cromossômico normal (euploides), contra 67% no grupo não exposto. Embora a diferença pareça pequena, especialistas destacam que cada ponto percentual pode ser decisivo para o sucesso do tratamento.
Nos experimentos de laboratório, os cientistas foram além: ao expor óvulos humanos imaturos ao THC em concentrações semelhantes às observadas clinicamente, observaram quase o dobro de anormalidades no fuso meiótico, estrutura celular responsável por garantir a divisão correta dos cromossomos. Esse tipo de erro aumenta o risco de embriões com alterações genéticas, que podem resultar em falhas de implantação, abortos espontâneos ou doenças cromossômicas.
Por outro lado, a taxa de fertilização — isto é, a capacidade do óvulo ser fecundado — não mostrou alteração significativa. O problema central parece estar na qualidade genética dos embriões.
Os autores também destacam que muitos casos positivos para THC não tinham relato prévio de consumo, o que sugere subnotificação e reforça a necessidade de métodos objetivos de detecção.
Embora os resultados não comprovem causalidade definitiva, especialistas avaliam que as evidências são robustas o suficiente para justificar prudência. “Os dados indicam que o THC alcança o microambiente do óvulo e pode afetar o desenvolvimento embrionário. Para pacientes em reprodução assistida, é recomendável discutir o tema com a equipe médica”, alertam os pesquisadores.
O estudo reforça um ponto central: quem planeja engravidar deve considerar os riscos do uso de cannabis, sobretudo em tratamentos de fertilidade.
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