URGENTE: Mauro Cid resiste a acareação com Braga Netto, preso por obstrução de Justiça.
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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), indicou a aliados que não está disposto a participar de uma acareação com o general da reserva e ex-ministro Braga Netto. A informação foi divulgada pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
A proposta de acareação foi apresentada pelo advogado José Luis de Oliveira Lima, conhecido como “Juca”, que assumiu a defesa de Braga Netto em 18 de dezembro. O procedimento consiste em confrontar versões de diferentes pessoas sobre fatos específicos, sob supervisão policial.
Aliados de Mauro Cid apontam que a situação seria delicada devido à hierarquia militar, já que Braga Netto é general da reserva. Além disso, Cid teria expressado preocupação com a repercussão do caso, temendo voltar ao centro das atenções no noticiário policial e político.
Braga Netto está preso desde 14 de dezembro, no Rio de Janeiro, acusado de obstrução de Justiça no inquérito sobre planos golpistas. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que ordenou sua prisão baseou-se, entre outros elementos, em trechos da delação premiada de Mauro Cid.
Em depoimento à Polícia Federal, Cid afirmou que Braga Netto realizou uma reunião em seu apartamento para discutir planos golpistas e arrecadou recursos para financiar algumas dessas ações.
A defesa de Braga Netto, no entanto, refutou as acusações e classificou Mauro Cid como “mentiroso contumaz”. “Ele prestou onze depoimentos, mentiu e tentou corrigir a mentira”, declarou o advogado José Luis de Oliveira Lima.
Segundo a defesa, Braga Netto “jamais participou de qualquer reunião ou ato referente a golpe” e as acusações contra ele seriam baseadas em depoimentos inconsistentes. O advogado também afirmou que o general não cometeu crimes e descartou a possibilidade de um acordo de delação premiada.
O caso segue em investigação e promete novos desdobramentos.
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