DEMOCRATICAMENTE COM MEDO: Gilmar Mendes afirma que inquérito das fake news caminha para o encerramento.
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, declarou que o inquérito das fake news está próximo de ser concluído. “Acho que caminha para o encerramento”, disse ele a jornalistas nesta quinta-feira (27). A investigação, instaurada em 2019, tem sido um dos temas mais polêmicos do cenário político e jurídico brasileiro nos últimos anos.
Embora não tenha estipulado uma data exata para o encerramento, Mendes indicou que diversos desdobramentos do inquérito já foram encaminhados à Procuradoria-Geral da República (PGR), que apresentou denúncias contra alguns dos investigados. O ministro enfatizou que o processo segue seu curso natural e que a expectativa é de que seja finalizado em 2025.
Um inquérito que mudou o cenário político
Aberto pelo então presidente do STF, Dias Toffoli, o inquérito das fake news foi conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes e tinha como objetivo investigar a disseminação de desinformação e ameaças contra membros do Judiciário. Ao longo dos anos, a apuração revelou a existência do chamado “gabinete do ódio”, um grupo supostamente responsável por coordenar ataques virtuais contra autoridades e instituições democráticas.
Em dezembro de 2024, Moraes prorrogou o inquérito por mais seis meses, sinalizando que as investigações estavam em sua fase final. Agora, com a fala de Gilmar Mendes, reforça-se a percepção de que o caso está se encaminhando para um desfecho definitivo.
Impacto e reações
A investigação foi alvo de intensos debates. Para seus defensores, representou um marco no combate à desinformação e aos ataques contra a democracia. Já críticos apontam que o inquérito extrapolou suas atribuições, ferindo princípios constitucionais como o devido processo legal e a imparcialidade judicial.
O encerramento do inquérito pode marcar o fim de uma era de intensa judicialização da política brasileira, mas as consequências das investigações ainda devem ressoar por muito tempo. Afinal, além de processos criminais em andamento, a questão da desinformação segue como um desafio central para a democracia no país.
Com o fim desse capítulo, resta a pergunta: as instituições estão mais seguras ou a sombra da censura ainda paira sobre o debate público?
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