Política

“NA HORA DO DISCURSO, É SOLDADO; NA HORA DA EMENDA, É POLÍTICO: Para Sargento Neto, Retroescavadeira Vale Mais Que Coletes Balísticos.”

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Campina Grande (PB) – O deputado estadual Sargento Neto (PL), conhecido por seu discurso de defesa das forças de segurança, está no centro de uma polêmica após destinar uma emenda parlamentar de R$ 410 mil à Prefeitura de Campina Grande, administrada pelo seu aliado Bruno Cunha Lima (UB), para a compra de uma retroescavadeira. O valor poderia, segundo críticos, ter sido aplicado diretamente no fortalecimento da Polícia Militar da Paraíba.

A verba, de acordo com fontes ligadas à segurança pública, seria suficiente para a aquisição de aproximadamente 205 coletes balísticos ou 205 pistolas ou cerca de 102 mil munições de pistola — recursos que, em um cenário de escassez de equipamentos e constantes reivindicações por melhores condições de trabalho, teriam impacto direto na atuação policial.

Apesar de se apresentar como defensor da segurança pública em discursos na Assembleia Legislativa, entrevistas e matérias em blogs locais, a escolha de destinar a emenda para infraestrutura da prefeitura foi vista por analistas políticos e membros da categoria como um distanciamento entre o discurso e a prática parlamentar.

Para alguns representantes das forças de segurança, a decisão demonstra uma prioridade político-administrativa que contradiz o compromisso assumido com a base policial. “É fácil subir à tribuna e dizer que está ao lado dos policiais. O difícil é mostrar isso com ações concretas, especialmente quando se tem em mãos a chance de contribuir diretamente com a segurança da tropa”, comentou, sob anonimato, um oficial da PM.

A assessoria do deputado Sargento Neto ainda não se pronunciou oficialmente sobre o destino da emenda nem respondeu aos questionamentos sobre a razão da escolha pelo investimento em maquinário para a prefeitura em vez de equipamentos para as forças de segurança.

A controvérsia reacende o debate sobre o uso de emendas parlamentares e o alinhamento entre discurso político e ações práticas, especialmente quando se trata de áreas sensíveis como a segurança pública.

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