ALTA DEMANDA | Paraguai deve consumir 50% da energia de Itaipu a partir de 2035, e Brasil pode ser impactado
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O Paraguai deve ampliar significativamente sua participação no consumo da energia gerada pela Usina Hidrelétrica de Itaipu a partir de 2035, utilizando até 50% da produção total da usina binacional, segundo projeções recentes divulgadas pelo Canal Solar. Atualmente, o país consome cerca de 30% da energia produzida pela hidrelétrica e revende o excedente ao Brasil.
Esse aumento está diretamente relacionado ao crescimento econômico paraguaio e à expansão de setores de alta demanda energética, como a mineração de criptomoedas, data centers e a emergente indústria de hidrogênio verde — considerada estratégica para a transição energética global.
De acordo com a reportagem publicada no último dia 8 pelo Canal Solar, essa mudança no perfil de consumo paraguaio pode afetar o mercado energético brasileiro. Hoje, o Brasil se beneficia da energia excedente vendida pelo Paraguai a preços mais baixos do que os praticados no mercado interno. Com a redução dessa oferta, o Brasil pode enfrentar maior pressão nos preços ou ter de buscar alternativas para suprir a eventual lacuna energética.
A Usina de Itaipu é um dos maiores empreendimentos hidrelétricos do mundo e funciona por meio de um tratado binacional firmado entre Brasil e Paraguai. Pelo acordo, cada país tem direito a 50% da energia gerada — mas o Paraguai, historicamente, consome uma fatia menor e negocia o restante com o Brasil.
Com o novo cenário previsto para 2035, especialistas alertam para a necessidade de o Brasil diversificar ainda mais sua matriz elétrica, investindo em fontes renováveis como solar, eólica e biomassa, para garantir segurança energética diante da possível diminuição da energia importada de Itaipu.
A renegociação do Tratado de Itaipu, cujas cláusulas passam a ser revistas justamente a partir de 2023, também deve ganhar ainda mais relevância nas tratativas diplomáticas entre os dois países.
Fonte : canal solar
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