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Coca-Cola Confirma Versão Com Açúcar de Cana nos EUA Após Sugestão de Trump e Registra Alta de 58% no Lucro Trimestral
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A confirmação veio durante a divulgação dos resultados financeiros do segundo trimestre de 2025, em que a companhia reportou um crescimento de 58% no lucro, atingindo US$ 3,81 bilhões. A receita também superou as expectativas do mercado, impulsionada pelo aumento de preços e pela forte demanda por bebidas sem calorias.
“Eles concordaram”, disse Trump
No último dia 16, Trump publicou em sua rede social Truth Social que estava em conversas com a Coca-Cola para substituir o controverso xarope de milho de alta frutose (HFCS) pelo açúcar de cana em seus produtos vendidos nos EUA. “Acho que eles ouviram os consumidores americanos. Eles concordaram”, afirmou o ex-presidente, que tem usado o tema da saúde alimentar em seus discursos recentes.
A declaração gerou reações em setores ligados ao agronegócio americano. A Corn Refiners Association, que representa os produtores de xarope de milho, divulgou nota criticando a mudança, alegando que o adoçante é seguro, amplamente utilizado e essencial para a cadeia produtiva nacional.
Coca-Cola confirma, mas com cautela
O CEO da Coca-Cola, James Quincey, confirmou a informação durante a conferência com investidores, afirmando que a empresa pretende usar “todo o leque de adoçantes disponíveis, de acordo com a demanda do consumidor”. Ele reforçou que a nova versão com açúcar de cana será lançada no outono americano (entre setembro e novembro), mas destacou que não substituirá o produto tradicional adoçado com HFCS.
“A ideia é oferecer uma nova opção. O consumidor poderá escolher”, disse Quincey, ao afirmar que a empresa está atenta à preferência por ingredientes naturais.
Atualmente, a Coca-Cola já vende nos EUA uma versão importada do México, conhecida como “Mexican Coke”, feita com açúcar de cana e bastante popular entre os consumidores nostálgicos ou mais exigentes com ingredientes.
Movimento no mercado
O anúncio impactou o setor de bebidas e deve pressionar concorrentes como a PepsiCo, que já sinalizou estar aberta a usar ingredientes naturais caso haja demanda. A movimentação também se encaixa no contexto político norte-americano, onde o debate sobre alimentos ultraprocessados e adoçantes artificiais tem ganhado força.
O lucro trimestral da Coca-Cola surpreendeu analistas e mostra a resiliência da marca. A receita total foi de US$ 12,6 bilhões, com destaque para a performance de refrigerantes zero açúcar e produtos premium.
Açúcar de cana x xarope de milho: qual a diferença?
Apesar da percepção de que o açúcar de cana seria mais “natural” ou saudável, nutricionistas alertam que os dois produtos têm impactos semelhantes no organismo. A principal diferença está no processamento industrial e na origem dos ingredientes, sendo o açúcar de cana extraído da planta, enquanto o HFCS é um derivado altamente processado do milho.
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Resumo:
Coca-Cola lançará versão com açúcar de cana nos EUA até o fim de 2025;
Medida segue sugestão feita por Donald Trump;
Empresa diz que não vai substituir o refrigerante tradicional;
Lucro da Coca-Cola subiu 58% no 2º trimestre;
PepsiCo e outras empresas podem seguir o movimento.
Com informações de InfoMoney, Reuters, People, Barron’s e WSJ.
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