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PETROBRÁS COGITA INVESTIR EM ETANOL DE MILHO, APROVEITANDO RENTABILIDADE SUPERIORES À CANA

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A Petrobras estuda ampliar sua presença no setor de biocombustíveis com a possível entrada no mercado de etanol de milho, segmento que vem registrando forte crescimento no país. Atualmente, essa rota já responde por 17% da produção nacional de etanol, quase o dobro do registrado há quatro anos, quando representava 8%.

Segundo fontes ligadas à companhia, os estudos ainda são preliminares, mas há preferência pelo milho em relação à cana-de-açúcar, por fatores como menor custo de produção, maior rentabilidade e maior capilaridade geográfica. Essa escolha, se confirmada, tende a deixar de fora parcerias com empresas como a Raízen, especializada exclusivamente em etanol de cana.

Um dos principais atrativos do etanol de milho é o DDG (Distillers Dried Grains), subproduto utilizado na alimentação animal que pode representar de 25% a 35% da receita das usinas, chegando a cobrir até 40% dos custos operacionais. Na safra 2024/25, a produção de DDG deve atingir 4 milhões de toneladas, crescimento de mais de 30% em relação à temporada anterior.

O setor também ganha força pela expansão regional. Tradicionalmente concentrado no Centro-Oeste, o etanol de milho começa a se espalhar por Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, além de alcançar áreas do Norte e Nordeste, com destaque para o Matopiba. Essa descentralização fortalece a logística e amplia a segurança no abastecimento.

No plano estratégico da Petrobras, o etanol é visto como vetor de baixo carbono, essencial para apoiar outras frentes de transição energética, como o combustível sustentável de aviação (SAF) e o biogás. A estatal reservou cerca de US$ 2,2 bilhões para investimentos no setor de biocombustíveis até 2029, com prioridade para parcerias minoritárias e joint ventures.

Ainda não há definição sobre prazos ou sobre qual matéria-prima será priorizada. No entanto, especialistas apontam que, se a companhia avançar no projeto, poderá acelerar uma nova fase sustentável da matriz energética brasileira, consolidando o etanol de milho como um dos protagonistas no futuro do agro e da energia.


Fonte | Acústica FM

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