Política

BOLSONARISMO EM FOCO:
STF encerra nesta segunda oitivas de testemunhas do ” núcleo crucial” da ação do golpe

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O Supremo Tribunal Federal (STF) encerra nesta segunda-feira (2) uma etapa fundamental no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado: as oitivas das testemunhas indicadas pelos réus do chamado “núcleo crucial”. O último a depor será o senador Rogério Marinho (PL-RN), figura de proa do bolsonarismo e ex-ministro do governo Jair Bolsonaro. Marinho foi arrolado como testemunha estratégica pelas defesas do ex-presidente e de Walter Braga Netto, sinalizando a tentativa de reforçar a versão de que não houve intenção golpista. O depoimento está marcado para as 15h.

As oitivas começaram em 19 de maio e, até o momento, já foram ouvidas 51 testemunhas — um número expressivo, que demonstra a complexidade e a importância atribuída a essa etapa do processo. O encerramento dessas oitivas marca a transição para um momento ainda mais delicado: o interrogatório dos próprios réus do “núcleo crucial”.

Entre eles estão nomes que integraram o núcleo duro do governo Bolsonaro, políticos e militares de alta patente que, segundo a acusação, teriam participado da tentativa de subverter a ordem democrática. Além de Bolsonaro, a lista inclui Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira e Mauro Cid — todos com trajetórias marcadas por cargos de confiança e influência direta sobre os rumos do governo.

A partir de agora, o foco do STF se desloca das versões das testemunhas para o confronto direto com os acusados, uma fase que tende a ser ainda mais tensa e reveladora. Paralelamente, após essa etapa, o Supremo começará a ouvir as testemunhas indicadas pelos réus dos outros núcleos da ação penal — o que confirma que o processo está longe do fim.

Mais do que um julgamento, o que se observa é um verdadeiro teste institucional: o enfrentamento entre a narrativa política construída pelo bolsonarismo e a tentativa do sistema judicial de apurar e punir uma suposta articulação para romper com o Estado democrático de Direito.

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